segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Capítulo 7 - Irresistible



Jade POV


No carro, Neymar tentava puxar assunto comigo, mas eu simplesmente o ignorava. Estava irritada demais com ele para responder, e a cena dele beijando a vadia martelava na minha cabeça.

- Pra onde você pensa que vai? -me pronunciei, percebendo que ele estava indo para o apartamento dele.
- Ah, então agora você decidiu falar comigo? -ele riu.
- Responde a minha pergunta! -exigi.
- Vou pra minha casa, preciso de um banho. Ou você esqueceu que jogou vodka em mim? -ele dizia como se achasse toda situação engraçada.
- Então para o carro, preciso descer.
- Jade, por favor né. Só vou tomar um banho, e deixo você em casa. -bufei, me ajeitando no banco. Eu não estava com muita disposição para discutir mais.

[...]

- Eu vou de escada! -disse quando ele chamou o elevador.
- Qual o seu problema com os elevadores? Aquela noite você estava abalada, então nem questionei, mas e hoje?
- Não gosto de elevadores. -respondi simplesmente.
- Jade Mitchel, a ladra de cargas, tem medo de elevador? -ele riu.
- Que ótimo que achou engraçado, parabéns! -ironizei, indo até as escadas. Ele me seguiu- O que está fazendo aqui? Vai lá no precioso elevador, escada é coisa de gente medrosa, igual a mim!
- Você quer brigar comigo até por causa disso, cara? -ele riu, passando seu braço por cima dos meus ombros, mas eu logo o empurrei- Você é um amor mesmo, Jade! -ironizou, sorri amarelo. Subi as escadas em silêncio até seu apartamento.
- Neymar? -suspirei e ele me olhou- pode por favor não demorar nessa droga de banho?
- Tudo bem, mas se você ir lá me ajudar vai ser mais rápido. -sorriu de forma maliciosa.
- Vai se foder! -ele gargalhou e subiu as escadas rumo ao quarto, me sentei no seu sofá e fiquei encarando o chão, refletindo sobre porque eu estava ali, afinal eu poderia muito bem pegar um táxi e ir embora, mas talvez fosse bom estar ali, ou sei lá, tanto faz.

[...]

Ele demorou uma eternidade para voltar até a sala, e eu podia jurar que era proposital.

- Pode me levar agora? -perguntei assim que o vi descendo.
- Tenho que te falar sobre o plano.
- No caminho você fala.
- Poxa, espera mais um pouco. Tenho uma coisa aqui que você vai gostar. -fez um sinal com a mão me chamando até a cozinha, o segui e me sentei na bancada enquanto ele mexia em uma espécia de adega que havia no cômodo- Achei! -disse com uma garrafa de vinho e duas taças nas mãos.
- Eu não quero beber! -avisei enquanto ele servia a taça que seria para mim, ele ignorou, tomando o líquido de sua taça em seguida. Ele levou o copo até a boca sem pressa, encostou da mesma maneira nos lindos lábios, enquanto sua garganta se movimentava ao passo que ele bebia o vinho. Por que diabos eu estava o observando tanto e que calor era esse que ele causava no meu corpo? Senti necessidade de beber também, então o fiz, e era bom, muito bom.


Neymar POV


- O seu plano é me embebedar e me seduzir? -Jade perguntou, bebericando seu vinho.
- Por que, você é seduzivel? -arqueei uma sobrancelha sorrindo e ela gargalhou, sua risada era contagiante.
- Você é o pior, sabia? -comentou ainda rindo.
- Fazer o que, não é? -ri.
- Por que você veio pra cá, quer dizer, pra Inglaterra? -ela indagou de repente.
- Coisa dos meus pais, na verdade, eles decidiram vir quando eu era bebê, cresci aqui. Você nasceu em Londres mesmo?
- Sim, também passei a vida toda aqui, morei por um tempo em Oxford, mas você sabe, é logo ali.
- Você estudou em Oxford? -eu já sabia, graças a equipe de inteligência do escritório, mas me fiz de surpreso.
- Se você acha que meu pai aceitava que eu levasse a mesma vida que ele, você está enganado! Cursei economia.
- Por isso é boa com números. -comentei e ela deu de ombros- Mas como era? A vida de universitária é tão diferente dessa, como não te influenciou?
- Não sou influenciável! -ela riu, colocando mais vinho na taça.
- Oh, verdade. Esqueci que você é teimosa e cabeça dura. -brinquei.
- Ei! -ela protestou e riu, mas sua risada se estendeu a uma gargalhada demorada, não entendi muito bem.
- O que foi?
- Eu...ah, tô lembrando. -controlou o riso- Aquela vadia que você beijou na festa.
- Agora isso é engraçado? Na hora você não achou graça.
- O engraçado é que, com certeza, ela havia chupado a festa toda. E você a beijou, da pra acreditar? -gargalhou.
- Sei que isso é só ciúmes! -ri-
- Nunca! -Jade rebateu.
- Mas até parece que aquele boneco de whey que você beijou também não tinha feito isso.
- Steve era um gato! -ela protestou.
- Ele tinha cara de quem pede permissão à mãe pra fazer as coisas. E não era tudo isso aí não!
- Droga! -ela riu fraco- Você tem razão, sabia? Ele beijava mal! -rimos juntos.
- Depois de provar o meu beijo todos ficam ruins. -pisquei.
- Você também não é tudo isso! -ela desdenhou, e antes mesmo de responder eu a surpreendi com um beijo, o qual ela não resistiu nem um pouco.


Jade POV

Não tive forças para resistir àqueles lábios nos meus, seu beijo era naturalmente bom, e o gosto doce de vinho só ajudava. Sua mão subiu da minha nuca até meus cabelos puxando-os não tão forte e eu gemi entre o beijo. Deixei sua boca, e comecei a subir sua camisa enquanto beijava e mordia seu pescoço.

- Você não tinha plano nenhum pra me mostrar, não é? -perguntei ofegante, enquanto ele me ajudava a tirar a camisa de seu corpo.
- Claro que não! -riu.
- Cretino! -Ele me beijou outra vez, apertando minha bunda e dando impulso para que eu subisse em seu colo. Senti o mármore gelado bater em minha bunda quando ele me pôs sentada no balcão. Suas mãos apertaram minha cintura me fazendo gemer em seus lábios. Assim que ele se pôs entre minhas pernas apertei-as em sua cintura. Senti suas mãos lutarem com os botões do meu short.
- Idiota – empurrei suas mãos e em segundos consegui desabotoar o maldito short.
- Bruta – ele riu voltando a me beijar com a mesma intensidade. Neymar desceu meu short arrastando minha calcinha junto. Sua mão percorreu por minha pele nua até chegar em um ponto sensível me fazendo arquear contra sua mão. Seu grunhido soou entre o beijo.
- Hmm!  -seus lábios desceram por meu pescoço chupando minha pele. Sua língua percorreu por meus seios ainda guardados. Minha boca ficou seca quando senti sua língua trilhar por minha pele depilada e latejante. Meu sexo implorava por atenção. Quando sua língua molhada lambeu o ponto mais sensível do meu corpo, gemi jogando a cabeça para trás. Seus lábios chuparam meu clitóris com urgência. Agarrei seus cabelos os puxando. Eu queria mais!
 Usando apenas os pés tirei meus tênis e meias, apoiando uma de minhas pernas no ombro dele, ficando ainda mais aberta, deixando-o com mais espaço para continuar com aquilo. Aproveitei e tirei o resto de roupa que eu ainda usava. Comecei a estimular meu seio com uma mão enquanto a outra ainda estava puxando o cabelo dele. Neymar e sua língua faziam um maravilhoso trabalho.
 Uma corrente elétrica começou a percorrer por meu corpo me causando uma dormência gostosa. Eu conhecia aquilo muito bem. Para melhorar, Neymar diminui os movimentos de sua língua me fazendo apreciar lentamente aquele momento. Meus lábios deveriam já estar inchados de tanto que eu os mordia para conter os gritos que minha garganta insistia em soltar. Bastou apenas mais uma chupada em meu clitóris para eu explodir em um gemido. Os pelos do meu corpo se arrepiaram e a dormência gostosa tomou conta de todo meu corpo. Deixei minhas costas se apoiarem no balcão. Meu peito subia e descia em um ritmo frenético. Estava saciada e cansada. Fechei meus olhos tentando conter minha respiração. Lábios úmidos e quentes subiam por meu corpo, beijando cada centímetro suado da minha pele nua. Meus mamilos se arrepiaram quando senti sua língua chupa-los.
- Você é muito gostosa –seu hálito quente bateu em minha pele me fazendo gemer.
- Cala a boca e continua a fazer a única coisa que você faz de melhor – ele riu. Abri os olhos e dei de cara com ele me olhando- Acabou? – arqueei a sobrancelha.
- Só tá começando – gritei de surpresa quando ele me jogou em seu ombro e deu um tapa ardente em minha bunda. Aquilo iria ficar vermelho, tenho certeza. Revidei e bati na sua também, arrancando uma risada dele.
 Neymar entrou em um quarto, que logo reconheci, era o mesmo que eu tinha dormido na ultima vez que estive aqui. Me deitei na cama macia o vendo tirar sua roupa. Seu membro estava tão duro que chegava a apontar pra mim. Não demorou pra ele colocar o preservativo e subir na cama. Subir em cima de mim. Nossos lábios se encontraram e nossas línguas se entrelaçaram em um beijo mais lento. Senti cada movimento delicado me fazendo deseja-lo ainda mais. Empurrei meu quadril em sua direção fazendo meu sexo se chocar com o dele, gemi. Abri minhas pernas e Neymar se ajeitou entre elas colocando seu membro em minha entrada. Eu esperava por algo selvagem, uma estocada forte, mas isso não veio. Seu movimento foi devagar, me invadindo com cuidado. Aquilo só me deixava mais louca. Cada estocada lenta parecia tocar em um ponto específico que aumentava automaticamente meu tesão, se é que isso era possível. Minha vontade era de tomar controle da situação e aumentar o ritimo até esgota-lo. Mas aquilo tava incrível... diferente... algo novo.
 Nossos lábios só separavam quando um de nos soltava um gemido ou palavrão. Minhas mãos corriam suas costas, subindo na nuca e puxando seus cabelos, nada selvagem. Movimentos lentos, assim como suas mãos percorrendo a lateral do meu corpo e acariciando meus seios. Meu corpo já dava sinal de que algo estava vindo e que em segundos eu iria gozar violentamente outra vez. Neymar também estava perto, eu conseguia sentir. Ele abandou meus lábios, me fazendo abrir os olhos e encarar aquele verde intenso. Sua boca entre aberta e os lábios avermelhados de inchados me fizeram sorrir, ganhei o seu sorriso de volta. Por uns segundos ouvi as batidas do meu coração em um ritmo devagar, parecia que ia parar. Aquilo não era normal, e também não foi porque nós dois gozamos ao mesmo tempo. Era diferente, era como se eu... Aquilo era estranho. Era algo novo. Novo até demais. Nossos olhos ainda estavam fixos um no outro. Seu rosto estava diferente. Com uma expressão indecifrável, parecia que ele havia sentido o mesmo. Longos minutos em silêncios apenas nos olhando, Neymar aproximou seu rosto do meu e beijou meus lábios. Meu coração pareceu se encolher. Acariciei sua nuca, entrelaçando meus dedos em seu cabelo.
- Diz pra mim que sentiu isso... –sussurrou entre meus lábios. Fiquei em silêncio.- Fala, Jade... eu sei que você... – interrompi sua frase o afastando com cuidado.
- Eu não senti nada! -respondi enquanto sentia ele sair de dentro de mim, e prontamente senti sua falta. Mas me levantei rapidamente e fui saindo dali.
- Jade, o que foi? Onde é que você vai? -o ignorei e deixei o cômodo, indo até a cozinha a procura das minhas peças de roupa e as vestindo rapidamente, enquanto Neymar já aparecia ali atrás de mim, ainda nu- Por favor, espera, o que é que você está fazendo? -segurou meu braço, mas eu me desvencilhei de seu toque ao pegar meus tênis pelo chão e sair do apartamento ainda descalça. 

Eu praticamente corri ao descer os lances de escada que me levaram até o térreo, eu deveria estar realmente horrível, o porteiro até me olhou estranhamente. Cabelos bagunçados, suada, roupas amassadas e um par de tênis nas mãos. 
Caminhei até um ponto de táxi, e sem demora já estava a caminho da minha casa. O que eu mais precisava era da minha cama quente e esquecer as besteiras nas quais eu me meto, literalmente. 

[...]

Minha casa estava vazia e silenciosa, tudo que eu poderia querer no momento. Matthew provavelmente emendou a festa com um motel ou a casa de alguma garota. Já se passavam das seis da tarde quando saí do banho. No meu celular haviam mensagens e ligações perdidas do Neymar, mas eu não as retornaria.
Cai sobre meu colchão macio e lá fiquei encarando o teto. As cenas da nossa transa não escapavam dos meus pensamentos, mas esse não era o problema real, afinal quando é bom é natural lembrar. O que me deixava sem chão era aquilo...aquela coisa que ele me causou. Não era só desejo ou tesão, não, não era, outros já fizeram isso. Com Neymar foi diferente. Era como se nada mais fizesse sentido se eu não o tivesse ali comigo, era algo muito além de prazer ou contato físico. Eu precisava dele ao meu lado, e precisava muito. Sentir o seu cheiro, seu toque, ouvir sua voz, as batidas do seu coração.


Neymar POV

Assim que vi a Jade partir daquele jeito, eu tive certeza de que ela sentiu o mesmo que eu. E não estou falando de prazer, ou algo assim, era mais que isso. Era como se, ali com ela, eu me sentisse verdadeiramente completo. Mas, por Deus, o que é que eu estou fazendo com a minha própria vida?
Já foi um erro enorme ter transado com ela, afinal eu deveria prendê-la! Mas o pior foi sentir isso, eu não deveria, não poderia. Se a tal sensação tivesse sido só com ela, tudo bem, depois da missão eu nunca mais precisaria vê-la mesmo. Mas só de pensar nessa possibilidade eu me sinto dividido, eu não posso nutrir sentimentos pela Jade, mas estou fazendo isso, e sei que ela também está! 

Oeee, tudo bem? Esperamos que gostem desse capítulo assim como nós gostamos, é o meu (Sabrina) preferido até agora!

Eeei, cookies, que saudade de falar com vocês! Eu (Bia) ainda estou sem computador, para doações, favor ligar 013...mentira.
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domingo, 22 de novembro de 2015

Capítulo 6 - Pool Party





Neymar POV


É claro que eu havia adorado ficar com a Jade outra vez, e se não nos controlássemos eu iria até além. Quando toco seu corpo, esqueço que ela é uma criminosa, esqueço que estou em missão! Mas por que ela tinha que ser tão bonita?
De manhã, antes de passar no escritório para entregar uns relatórios, assinar uns documentos, e toda essa burocracia; decidi que iria ir vê-la. Afinal eu não poderia simplesmente sumir o dia todo sem que Jade suspeitasse.
Eram oito e meia da manhã quando cheguei em frente a sua casa, e Jade vinha entrando, voltando de sua caminhada matinal.
- Ei! -disse saindo do carro e sorri. Mas ela me olhou e revirou os olhos.


Jade POV

Assim que estava chegando em casa, Neymar apareceu. Ele vai mesmo ficar insistindo nesse lance?
- Não me lembro de ter marcado nenhuma reunião, Neymar.
- Ué, o que aconteceu? -se aproximou, segurando minha mão- Bom dia -veio me dar um selinho, mas eu recusei- Jade, o que foi?
- Não foi nada! -soltei minha mão da sua e entrei, ele veio logo atrás- Sério, Neymar, o que você quer? -perguntei cruzando os braços, parada na sala.
- Por acaso você tem amnésia e esqueceu o que aconteceu ontem? -ele riu leve.
- Não, claro que não. Mas não estamos falando de ontem, estamos falando sobre o que é que você está fazendo aqui hoje, agora?
- Nós estamos ficando, não estamos? Eu vim ver você!
- Nós não estamos ficando!
- Como é? -ele me olhou irritado.
- Isso aí. Nós ficamos ontem, ok, foi um deslize. Mas pra mim nunca aconteceu.
- Me diz que você já esqueceu isso então! -ele me puxou bruscamente pelo braço, mas sem me machucar, e logo seus lábios vieram de encontro aos meus. Sua língua pediu passagem, mas eu não cedi, eu seria forte, teria que ser forte! Seu perfume estava me embriagando, uma de suas mãos embrenhou-se nos meus cabelos, e a outra desceu até a minha bunda, apertando-a. Eu me rendi. E logo nossas línguas se encontraram em um beijo caloroso e movimentado. Que só teve fim quando precisávamos respirar.
- Você ficou maluco!? -disse ríspida e ele riu- Seu...seu, ahn, imbecil! -eu não conseguia formular uma frase cabível, olha em que estado ele me deixava.
- Eu sei que você gosta tanto quanto eu. -ele riu maliciosamente.
- Filho da puta! -ele gargalhou- Eu não estou rindo! Olha bem pra mim, -ele não me encarava sério, ainda prendia o riso- nós nunca mais vamos ter nada, eu nem sinto nada por você...
-Nem desejo? -ele me interrompeu, rindo.
- Não! -praticamente gritei- Francamente, aquele dia na boate eu estava bêbada -menti-, e ontem eu estava triste porque minha tia havia partido. -menti novamente.
- E agora?
- Agora você me pegou de surpresa. Só isso!
- Ok!
- Ok mesmo!
- Acho que vou embora então.
- Acho ótimo!
- Mentirosa! -ele riu.
- So. Me! -disse pausadamente.
- Então tchau, Jade! -mandou um beijo no ar e saiu. 
O que esse homem tem? Que droga é essa? Ele simplesmente aparece e eu não consigo me controlar? Fico agindo igual uma adolescente idiota? 
Isso nunca aconteceu, e juro que nunca mais vou perder o controle por causa desse babaca. Não posso perder!
Subi as escadas com esses pensamentos, e entrei no quarto do Matthew, mesmo sabendo que ele estaria dormindo.
- Matt? -o chamei deitando ao seu lado na grande cama de casal dele, mas não tive resposta- Matthew? -sacudi seu ombro.
- O que foi? -respondeu sem abrir os olhos.
- Preciso ficar bêbada!
- Que horas são?
- Quase nove da manhã.
- Ta cedo pra ficar bêbada, não? -ele finalmente abriu os olhos.
- Quem se importa? -dei de ombros.
- O que aconteceu?
- Nada.
- Me fala.
- Nada, Matthew!
- Então vamos dormir!
- O que? Pra que?
- Pra guardarmos energia, e ficarmos muito bêbados mais tarde.
- Promete que vamos ficar muito bêbados?
- Vamos ficar super bêbados.
- Promete de dedinho?
- Prometo! -Matt riu, talvez lembrando de nossas promessas de criança- Agora, dormir! -ele me puxou pra perto de seu corpo e começou a me fazer cafuné.
- Matt?
- Hum?
- Você ta cheirando a perfume de vadia.
- Estive com várias ontem.
- Nojento!
- Desculpa, sempre esqueço que você é mulher. -ironizou e riu.
- Vai tomar no cú!
- Também te amo! -rimos, e com seu cafuné logo peguei no sono.

[...]

Acordei por vontade própria e me vi sozinha na cama, mas na mesma hora Matt saiu do banheiro, vestindo só uma bermuda florida.

- Bom dia, bela adormecida! -apenas mostrei o dedo do meio, Matthew tem o dom de me irritar com esses apelidinhos.
- Pra onde você vai vestindo essa coisa ridícula? -ri apontando para a bermuda dele.
- Nós vamos à uma pool party.
- "Nós" quem?
- Eu, você e os gês.
- Onde vai ser?
- Na casa da Kristen.
- O que? Eu não vou em uma festa dessa vadia!
- Você não disse que queria ficar bêbada? É uma ótima oportunidade. E já que você não gosta da Kristen, aproveita e vomita nela.
- Você é uma vadia falsa, Matthew Mitchel! -rimos.
- Eu sei. -afinou a voz, imitando uma mulher- Gui vai passar aqui pra buscar a gente em meia hora, ele ta pegando ela, você sabe.
- Vou tomar um banho então. E por favor, troca essa roupa horrível. -disse antes de sair rumo ao meu quarto.

[...]

Milagrosamente fazia um dia ensolarado e quente em Londres, uma coisa tão rara que era até covardia não aproveitar, até mesmo para mim que não era uma grande fã de sol.
Kristen Koubet era uma patricinha herdeira de uma rede de shoppings, e mesmo tendo de tudo, desafiava os pais e dormia com metade da cidade, mas ela possuía uma certa queda por aqueles caras envolvidos em coisas erradas, como era o caso do Guilherme. Era o tipo de garota que me dava sono: inútil, vazia e fácil.
O lugar estava bem decorado, a enorme piscina estava cheia e cercada de gente nadando, conversando, mas a maioria se pegando. Uma música eletrônica tocava alta, enquanto alguns dançavam e bebiam. Após ir na área interna da casa, Gui voltou com garrafas de vodka e red cups, era hoje!
Fiquei bebendo junto com os meninos, com exceção do Guilherme, que ficou com a outra lá. Mas aos poucos os outros três começaram a me abandonar, com pretextos de que já voltariam. Mas eu sabia bem eles iam mesmo era atrás de mulheres. Já estava acostumada.

Me sentei em uma espreguiçadeira de frente para a piscina, com os olhos protegidos pelos óculos de sol, olhando aquele bando de gente. Que droga eu estava fazendo ali? Pelo menos a bebida era boa. Quando me dei conta, minha fiel companheira havia acabado, tive que entrar na casa pra procurar mais bebida. Na sala encontrei mais gente dançando, se pegando, tinha até uma galera em um canto com uns baseados. Fui direto para a cozinha, e me arrependi no momento em que coloquei meus pés ali.
- Jade! -um Neymar sorridente me cumprimentou, enquanto abria a garrafa de cerveja que havia acabado de pegar.
- Ai droga, nem sabia que você também tinha vindo.
- Não sei porque tanta grosseria.
- Ta me chamando de grossa?
- Não! -ele riu, levantando as mãos em sinal de rendição. Revirei os olhos.
- Onde tem bebida?
- Depende, o que você quer?
- Virou bar man?
- Uou. To querendo ajudar.
- Cerveja, eu quero cerveja.
- Sinto muito, essa é a última. -sorriu balançando a garrafinha de Haineken em sua mão.
- Mentira! -abri a geladeira, mas só encontrei vodka, uísque, energético e outras coisas.
- Eu disse! -ele mantinha aquele sorriso malicioso, que só desfez para levar a garrafa até os lábios, e que lábios, o contato do vidro fazia ele contrair, formando um biquinho. Ele conseguia ser sexy até bebendo? Eu precisava do líquido daquela garrafa, ou...sei lá.
- Me da?
- O que? Acha mesmo que eu vou te dar minha cerveja? -riu.
- Essa é a última, Neymar.
- Justamente. O que eu ganho em troca? -sorriu.
- Por que você tem que levar tudo pro duplo sentido? Quer saber, fica com essa porra aí. -ouvi sua risada enquanto eu pegava outra vodka e  saia. Era engraçado me deixar irritada? Porque eu não achava nenhuma graça.
Voltei para o lugar em que eu estava, e o Gustavo apareceu por ali, com um chupão no pescoço- Gus, isso é coisa do Drácula, ta louco. -ele riu.
- O pior é eu nem perguntei o nome da minha Drácula! -rimos- Ei, olha quem ta ali. -apontou com o queixo, e assim que olhei pro outro ponto do jardim, vi Neymar novamente. Mas dessa vez ele não estava sozinho. Havia uma piranha siliconada rodeando seu pescoço com os braços, com uma mão ele segurava a cintura dela, e com a outra ainda segurava a minha Haineken, enquanto falava sabe Deus o que no ouvido dela. Fiquei com vontade de ir até lá e jogar bebida na cara dos dois- O que foi, Jade? -quando me dei conta, estava amassando o copo descartável na mão, enquanto admirava aquela cena ridícula.
- An, nada. -Gustavo me olhava sem entender nada.
- Não vai lá cumprimentar o Neymar?
- Ah não, ele ta muito ocupado agora. -a frase saiu mais irônica do que eu planejava- Vou dançar, você vem? -ele apenas negou com a cabeça, enquanto eu seguia para o meio das pessoas. Tocava Blame, do Calvin Harris, entrei no ritmo da música e comecei a dançar, não estava nem me importando em ser a única de roupa ali, enquanto as outras usavam seus biquínis mais vulgares. Quando foi que liguei para padrões?
Fechei os olhos, e dancei como se não houvesse amanhã, deixando aquelas batidas me contagiarem.
- Como eu faço pra saber o nome da mais bonita da festa? -disse uma voz grossa, bem próxima ao meu ouvido. Me virei para olha-lo. Alto, bronzeado do sol, olhos castanhos e um cabelo preto. Bem bonito até, apesar da cantada fraca.
- Primeiro pode começar a parar de mentir. -ri.
- Qual é, eu não menti. Você me chamou muito mais atenção do qualquer outra semi-nua aqui. -mentiroso, mas jogou meu ego lá nas alturas- Mas então, qual é o seu nome? -ele sorriu.
- Jade. E o seu?
- Muito prazer, Jade. Sou o Steve.
- O prazer é meu! -sorri e ele me puxou pela cintura, logo sua língua se encontrou com a minha. E mano, Steve era lindo, mas beijava mal. Quando eu ia encerrar aquela droga de beijo, alguém puxou meu braço, me forçando a parar. Eu juro que se for o Matthew eu vou matá-lo. Mas não, era o abusado do Neymar- O que você está fazendo?
- Quem é você, cara? -Steve perguntou, irritado.
- Eu é que te pergunto! -disse Neymar- Ela ta comigo! Então é melhor você sumir logo da minha frente! -eu só havia visto Neymar irritado daquele jeito uma vez, aquela noite no beco. Steve trocou um olhar comigo pela última vez e sumiu por entre as pessoas.
- Qual é o seu problema? -gritei com Neymar- Ficou louco? Quem você acha que é?
- Vi esse cara com os maconheiros lá dentro, só tava te livrando de problemas. Então de nada! -disse cheio de si.
- Me livrando de problemas -ri ironicamente- Pensei que estivesse ocupado demais com aquela vadia!
- Ah, então você me viu com a Bethany.
- Todo mundo viu, vocês estavam quase transando ali mesmo.
- Você por acaso está com ciúmes de mim, Jade Mitchel? -ele riu e eu tive vontade de socar aquela cara sem vergonha. Ciúmes, eu? Que piada!
- Vai tomar no cú, Neymar! -ele riu. Que cara irritante.
- Então você não sente ciúmes de mim?
- É claro que não!
- Então tudo bem! -sorriu, e puxou o braço de uma garota que dançava perto de nós, beijando-a na boca logo em seguida. Eu senti vontade de acabar com a raça dele, e daquela qualquer também! Quem eles pensam que são pra fazerem isso? Mas se ele acha que pode me desafiar, ele está muito enganado. Peguei dois copos cheios de bebida, que estavam sobre uma mesa qualquer, e joguei em cima dos dois, que se separaram na hora.
- Você ficou maluca, garota? -gritou a ruiva com cara de atriz pornô, enquanto Neymar secava o próprio rosto- Eu vou quebrar a sua cara! -ela partiu pra cima de mim, mas Matthew surgiu na minha frente, segurando-a.
- O que ta acontecendo aqui? -ele perguntou, enquanto a vadia se debatia em seus braços.
- Eu vou matar essa cadela! -ela gritou.
- Cadela não, nós não somos irmãs! -sorri pra ela, percebendo que quase a festa toda nos observava.
- É melhor você sair daqui, Megan -disse Matt, então ele conhecia a vadia- Com certeza não vai querer uma briga com a Jade. -ela o olhou, e quando foi solta, saiu rumo a área interna- Não deveria estar acontecendo uma festa aqui? -ele perguntou para as pessoas que nos observavam, e cada um voltou a fazer o que fazia antes- Te deixo sozinha um minuto e já arranja encrenca? -ele riu pra mim.
- Nem vem, Matthew. Não tenho paciência pra vadia! Vou embora!
- Eu levo você! -finalmente o Neymar, que observava tudo calado, se pronunciou. Matt o olhou estranho, mas não disse não.
- Não precisa! -disse de forma seca.
- Preciso te mostrar uma coisa sobre um possível plano -ele disse mais baixo- E também tenho que ir pra casa, preciso de um banho. -sorriu irônico, olhando a roupa molhada de bebida.
- É melhor ir com ele do que ir sozinha. -que porra é essa? Matthew a favor do Neymar?
- Não sou nenhuma criança, Matt.
- É só uma carona, Jade. -Neymar insistiu, e sorriu no fim da frase. Ok, venceu.


E aii?? Capítulo quentinho pra vocês, como sempre, comentem ok? Estamos sentido falta disso, seu comentário é importante, nunca esqueça disso. Nós ajudem a divulgar a fic? Compartilha com as amigas, nos grupos de whats que você participa, no seu blog, fã clube, tt, enfim, nos ajudem com isso, por favor. Beijos da Sá e da Tia Bia, kkkk.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Capítulo 5 - Feelings




Pedi para subirmos de escada e ele não ousou contestar.

- Bem vinda! -disse assim que abriu a porta.O apartamento de Neymar possuía uma sala de estar espaçosa que não contava com nenhuma separação em relação à cozinha. A decoração e os móveis eram bonitos e modernos, assim como a escada que levava ao andar superior- Aposto que você quer tomar um banho, vem, vamos subir. -me estendeu sua mão e eu a peguei sem dizer nada. Subimos até o segundo andar, e ele me levou até seu quarto. O assoalho era todo de madeira, tão bem encerado que brilhava. Havia uma cama de casal, uma escrivaninha com computador e macbook, vídeo-game, televisão no suporte da parede, e duas portas, uma deveria ser o closet, a outra o banheiro.- O banheiro é ali, tem toalha e sabonete no armário, pode ficar a vontade para pegar uma roupa minha se quiser também. -ele sorriu e deu de ombros- Bom, acho melhor ficar sozinha agora.  -ele riu sem jeito, e eu sorri antes de vê-lo deixar o quarto.


[...]


O banho me fez bem, eu estava me sentindo horrivelmente suja depois daquelas mãos podres terem me tocado, e a água caindo sobre meu corpo me fez esquecer isso, naquele momento. 
Fui até o closet do Neymar, e vesti um casaco de moletom dele, a peça ficou tão grande no meu corpo que quase alcançava meus joelhos, não vi necessidade de vestir um short dele, que com certeza não caberia.
A verdade é que eu estava achando toda essa aproximação íntima demais, e não tinha certeza se estava fazendo a coisa certa, mas preferi não pensar nisso, ignorar minha razão. Meu psicológico estava exausto, e eu estava grata demais a Neymar para questionar qualquer coisa.
Assim que sai de seu closet, secando meu cabelo na toalha, ele bateu na porta.

- A casa é sua, pra que bater? -disse e ele entrou, trazendo uma caneca.
- Você poderia estar se trocando.  -deu de ombros- Aliás, eu adorei seu look! -riu-
- Não vem com graça. -eu ri também- Me deixa em casa?
- Trouxe isso pra você. -ignorou minha pergunta e me entregou a caneca, era chocolate quente.
- Valeu! -sorri e me sentei na cama, ele fez o mesmo.
- Beba isso, e descanse. Levo você pra casa de manhã, se precisar de mim, vou estar no quarto ao lado. -sua mão quente subiu acariciando meu rosto, e colocou meu cabelo molhado atrás da orelha. - Boa noite! -disse antes de beijar minha bochecha e sair do quarto.


[...]

Abri meus olhos e o quarto ainda estava escuro, me levantei sem pressa, e abri uma janela, tendo a visão de uma Londres cinzenta e chuvosa. Procurei meu celular no meio do edredom, e o encontrei descarregado. Fui até o banheiro, encontrei uma escova extra, lavei meu rosto, escovei os dentes, e vesti minhas roupas.
Tentei fazer o mínimo de barulho quando deixei o quarto, mas assim que coloquei os pés no primeiro degrau da escada, ouvi uma porta abrir, a voz sonolenta de Neymar soou pelo corredor.

- Bom dia, Jade! -me virei para olha-lo, me sentindo constrangida, ele havia sido legal e eu estava indo embora sem nem agradecer.
- Oi! -sorri amarelo- Eu...É, tô indo nessa!
- Eu levo você! -sorriu, vindo na minha direção. Seus olhos estavam pequenos de sono, mas ele já estava vestido como se estivesse a minha espera.

[...]

- Recebi aquela pasta. -comentei já no carro.
- Aquela bobagem? -sorriu fingindo uma modéstia, ridículo.
- Eu não vou elogiar, se é isso que você está esperando. -disse e ele riu.
- Você não gostou?
- É bom! -resumi.
- Só isso? -riu novamente.
- Você mesmo disse que era uma bobagem. -ele sorriu, balançando a cabeça negativamente.
- Chegamos! -anunciou, estacionando em frente a minha casa.
- Obrigada, Neymar...Por tudo que fez por mim! -disse sinceramente.
- Não agradeça! -ele sorriu- Mas se pudesse retribuir com um copo de água, eu ficaria bem feliz. -riu.
- Claro! Vem, vamos entrar.

Saímos ao mesmo tempo do carro, e como eu estava sem chave, toquei a campainha da minha casa. Em pouquíssimos segundos a porta se abriu, e um Matthew desesperado me abraçou imediatamente.

- Caralho, Jade, onde você se meteu? -ele me apertou em seus braços e depois me olhou de frente- Você está bem?
- Estou, Matt, calma! -respondi tranquilamente, enquanto Neymar nos observava calado.
- Quem é esse cara? -meu primo finalmente notou a presença dele.
- Me deixa entrar, anda, sai da frente! -lhe empurrei pra dentro e entrei, encontrando meus três Gês lá. 
- Eu disse que ela estava bem! -disparou o Guilherme.
- Está mesmo, Jade? -Gustavo insistiu.
- Claro que sim. Ela ta acompanhada. - Gil disse mais baixo. Neymar continuava quieto, e Matthew o observava indiscretamente.
- Esse é o Neymar, pessoal. -eu disse- Já volto!
Deixei os cinco sozinhos e fui rumo à cozinha, minha tia com certeza não estava em casa, ou então teríamos mais uma preocupada com meu bem estar.
Peguei uma das garrafas de água mineral na geladeira, enchi um copo e levei para Neymar, que estava terminando uma frase quando eu entrei no cômodo. Entreguei a ele, que agradeceu, me sentei ao lado do Gil, e fiquei acariciando seus cabelos -que são mais macios e bem cuidados que os meus- enquanto eles ainda conversavam. Apenas Matthew continuava calado, parado próximo à porta, com a postura ereta e os braços cruzados.
- Já disseram ao Neymar qual foi a nossa decisão em relação a ele? -perguntei.
- Sim, ele já sabe que está no time! -Gui respondeu e os dois riram cúmplices. 
- Ele é mesmo brasileiro, Jade. -Gus riu.
- Presumi.
- Você só não imaginava que ele seria da mesma cidade que nós três. -foi a vez de Gil se pronunciar. Os três pareciam crianças com um amigo novo, em cinco minutos eles gostaram tanto assim do Neymar?
- Sério? -perguntei- Tô emocionada. -disse ironicamente e Neymar riu.
- Você passou a noite com ele, Jade? -Matthew perguntou enojado.
- Eu encontrei a Jade ontem a noite, e a levei para o meu apartamento. Então a resposta é sim, ela passou a noite comigo, mas não no sentido sexual, como você está pensando desde que nos viu lá fora. -Neymar respondeu com um tom de voz firme, era a primeira vez que eu o via falar mais de duas palavras ali. Matthew abriu a boca para começar uma discussão, mas eu interrompi.
- O Neymar me salvou, tá legal? -me levantei dizendo- Eu ia ser estuprada por dois malditos em um beco. Ele me ajudou e me levou para dormir na sua casa. Agora, por favor, cresça um pouco, Matthew Mitchel! -disse por fim, e desci as escadas em direção ao porão, eu precisava socar o Charlie.

Neymar POV

Eu finalmente estava conseguindo obter um pouco de progresso na minha missão. Salvar Jade não fez parte disso, eu ajudaria qualquer mulher, mas isso me fez ganhar sua confiança, e eu não posso reclamar.
Lidar com sua equipe também não era muito difícil, eles eram hospitaleiros, engraçados, inteligentes e brasileiros.
Apenas Matthew oferecia resistência em relação a minha presença, e ao longo desses sete dias que se passaram, pouco nos falamos. Mas as encaradas eram mais que constantes. Talvez ele fosse me arranjar problemas, e eu precisava ficar atento.

[...]

Estava fazendo uma ronda pelo quarteirão da casa dos Mitchel, e quando estava passando exatamente em frente a residência, a porta se abriu, e nem pude disfarçar. Era a senhora Mitchel, que estava indo regar as plantas do jardim.

- Olá, Neymar! -acenou sorrindo.
- Olá, senhora Mitchel! -diminuí a velocidade do carro e o parei, descendo em seguida.
- Veio falar com a Jade? -perguntou quando me aproximei, apenas concordei- Ótimo, me faça o favor de avisar para aquela desnaturada que meu voo sai em 3 horas. É que ela ainda está lá embaixo, socando o maldito Charlie. -eu sorri e assenti.
- Matthew está aí? 
- Não, esse outro desnaturado passou a noite fora. Entre lá, e diga a ela que só estou me despedindo das plantas. -Grace era engraçada, assenti e entrei.
Atento aos detalhes da casa, e em passos calmos, eu desci até o porão. Ao contrário dos outros dias, nenhum rock tocava no som, e ao chegar lá descobri porquê. Jade usava fones nos ouvidos, que deixavam o som alto escapar. Ela não notou minha presença. E assim que a admirei, fiquei estático na porta, a loira usava uma roupa de ginástica um tanto quanto ousada, o short justo desenhava suas curvas e sua bunda perfeitamente, o top possuía um decote, e a visão de seu corpo ofegante e coberto de suor fez minha pulsação acelerar, e imaginá-la suada  na minha cama. Como eu nunca havia reparado que Jade era tão gostosa? Ela estava maravilhosa e eu nunca havia desejado tanto uma mulher só de olhar.
- Caralho, que susto! O que está fazendo? -seu grito me tirou do transe que seu corpo me causou. Ela me encarava, já sem os fones, secando o rosto em uma toalha.
- An, ah...eu, é que...-não consegui formular uma frase.
- O que você tem? -ela riu.
- Sua tia, isso, ela precisa que leve-a no aeroporto.
- Ok, já estou indo. Vá tomar uma água, Neymar! -ela riu novamente.
- Sabe que não é uma má ideia. -me apressei em sair dali.

Jade POV

Assim que tomei uma ducha, e tia Grace já estava com tudo pronto, Neymar fez questão de nos levar até o aeroporto. Depois de nos despedirmos, dela fazer um milhão de recomendações e xingarmos o Matthew juntas, por ele não ter aparecido; ela se foi. Eu realmente não gostava de ficar longe da minha tia, mas entendia seus motivos, ela simplesmente não suportaria viver aqui vendo Matt e eu envolvidos com nossos negócios. E eu mal a visitava, já que ela escolheu morar em Miami, e eu simplesmente odeio sol e todo esse lance de cidades litorâneas. 

Não entendi muito bem porque Neymar ao invés de me deixar em casa e ir embora, simplesmente entrou comigo, mas não o questionei, a verdade é que sua presença não me incomodava nem um pouco.

- Estou morrendo de fome -comentei entrando- , ainda bem que a tia Grace sempre deixa comida congelada antes de ir. -me dirigi a cozinha, e comecei a procurar na geladeira, peguei uma travessa de lasanha e coloquei na pia- Você quer? É de frango. -perguntei  enquanto tirava o papel laminado de cima, mas ao invés de receber uma resposta, senti o corpo de Neymar abraçar o meu por trás, e seus lábios começarem beijos suaves, que subiam dos meus ombros para o meu pescoço- O que você está fazendo? -me virei para ele, sem me desvencilhar de seu toque, encarando seus olhos verdes, ele conectou seu olhar ao meu.
- Estou fazendo o que tenho vontade. -respondeu simplesmente, antes de sorrir e me beijar, um beijo que eu não pude negar, seus lábios eram carnudos e macios, nossas línguas tinham sintonia, eu não queria parar, como ele conseguia? Neymar segurou minha cintura, me ergueu e me sentou sobre a pia, suas mãos no meu corpo me fizeram soltar um gemido baixo entre o beijo, mas o que é que eu estava fazendo?
- Não! -o empurrei pelo peito, ele me olhou sem entender absolutamente nada.
- O que? Você vai fazer isso de novo? -perguntou idignado.
- Nós não vamos transar!
- Por que você foge tanto, Jade? Não vai me dizer que...você é virgem? -ele arregalou um pouco os olhos e eu ri alto.
- Não, Neymar. Mas isso é ridículo, somos colegas de trabalho, não vamos transar.
- Você é maluca! -ele balançou a cabeça negativamente e sorriu.
- Você pode parar de falar e simplesmente me beijar. -é claro que eu queria ir além, ele me despertava um desejo incontrolável, mas misturar trabalho com sexo jamais daria certo. Mas esses beijos, ah, os beijos, por que não?
- Não disse? -ele riu- Você é maluca! -se aproximou e me beijou novamente.
- Agora chega -sorri encerrando o beijo- Eu realmente estou morrendo de fome. -ele riu, me ajudando a descer da pia. Neymar se recusou a me acompanhar na refeição, mas se sentou de frente para mim na bancada, e ficava me olhando, tanto a ponto de me deixar sem jeito, quem ele pensa que é?
Assim que terminei, só tive tempo de me levantar do banco, e ele me beijou novamente, abraçando-me pela cintura e me guiando até a sala, sem descolar seus lábios dos meus. Caímos deitados no sofá, e rimos juntos, recuperando nosso fôlego. Continuamos na mesma posição, eu deitada por cima do corpo dele, ouvindo seu coração pulsar calmo.
Eu realmente devia estar fora de mim,  é claro que já tive outros caras, mas não assim, não na minha casa. E de repente Neymar surge, invadindo a minha vida, mas fazendo com que eu me sentisse segura, isso era insano. Mesmo achando errado me deixar levar por ele, eu não queria e nem conseguia fugir de seus encantos. É oficial, Jade Mitchel enlouqueceu!
- Aquele ali na foto, quem é? -ele perguntou de repente, apontando para um porta retratos que havia na prateleira abaixo do suporte da tv. Na fotografia, eu, Matt, tia Grace e meu pai sorríamos juntos para a câmera, no dia do meu aniversário de 18 anos.
- É o meu pai -apoiei meu queixo nas mãos, encarando seus olhos verdes, ainda na posição inicial- Ele faleceu, tem três anos.
- Sinto muito! -acariciou meu rosto.
- Sem problemas. -menti.
- Vocês não se parecem muito. -ele observou.
- Eu sei, me pareço com a vadia da minha mãe.
- O que? -ele me olhou espantado, claro.
- Longa história! - me levantei, ficando de pé- Já está um pouco tarde né? O que acha de ir? -eram perguntas retóricas, mas ele não questionou, apenas se levantou, indo até a porta. O acompanhei, e antes de ir, ele me puxou pela cintura de forma sútil, puxou meu lábio inferior com os dentes e apesar disso, iniciamos um beijo calmo e lento. Ao terminarmos lhe dei um selinho longo e ele se foi. Entrei e imediatamente fechei a porta, deslizando minhas costas por ela, até me sentar no chão, sentindo meus olhos ardendo em lágrimas. Apesar de terem sido poucas palavras, falar sobre o meu pai doía; e Neymar ainda resolveu envolver aquela mulher na história. A mulher que mal fez questão de me conhecer, antes de me abandonar e trocar meu pai por seu amante. Vadia!

Quem é vivo sempre aparece não é? Com a gente não é diferente, desculpem, mas a vida real bateu na porta e fez aquela bagunça. Enfim, não postamos por que realmente não deu. Desculpem mais uma vez. Tenho uma noticia triste sobre a fic Everything to me, eu, Sabrina decidi coloca-lá em rascunho por um tempo, tenho os meus motivos e espero do fundo do coração que entendam. Voltarei sim com ela, um dia ela estará de volta. Meninas é isso, espero que gostem desse cap e deixem os comentários de vocês, beijoos.