domingo, 27 de dezembro de 2015

Capítulo 10 - Sister





Neymar POV

Voltei a Londres mais cedo, pois na segunda-feira de manhã teria que passar no escritório, era coisa rápida, e na hora do almoço já estava afrouxando o nó da minha gravata enquanto entrava no meu apartamento.
Foi só eu me jogar no sofá, que a campainha tocou. O porteiro não havia interfonado, talvez fosse alguma entrega, mesmo eu não lembrando de ter pedido alguma coisa. Abri a porta e fui pego totalmente de surpresa, era Rafaela quem estava ali, acompanhada de uma mala cor de rosa.

- Heeeey! -ela pulou no meu colo, me abraçando e colocando suas pernas em volta da minha cintura, se eu não tivesse sido rápido nós cairíamos.
- O que você está fazendo aqui? -perguntei quando ela desceu.
- Credo! Isso é jeito de me receber, garoto?
- Não é isso -a abracei de novo- Mas você não deveria estar na faculdade, mais precisamente em Boston? -desfiz o abraço.
- Sim, deveria. Mas me dei uns dias de folga -riu-, passei o fim de semana com os nossos pais lá em Liverpool, e não poderia ficar sem te ver. Estava cansada de Harvard. -se sentou no sofá.
- Que bom que você veio! -finalmente me caiu a ficha de que minha irmã caçula, que eu não via há meses, estava ali. Me sentei com ela.
- Se eu não vier, você não tira um tempo pra me ver. Só pensa em trabalho. -revirou os olhos e eu ri do seu jeito mandão.
- Nós nos vimos nas férias. -me justifiquei.
- Pois é, nas férias, Neymar Júnior.
- Senti sua falta! -lhe abracei de lado- Como vai a faculdade?
- Bem.
- Anda se comportando por lá? E aqueles americanos atrevidos? Pelo amor de Deus, Rafaela?
- Eu tenho 19 anos, Júnior!
- Exatamente, só 19 anos. Quer saber, nem me conta nada. Prefiro continuar mentalizando que você só está lá para estudar. -ela riu- Vou tomar uma ducha e nós saímos para comer uma comida japonesa, como nos velhos tempos. -ela assentiu e sorriu.
- Acabou de chegar do trabalho, né?
- Não, eu costumo andar de terno e gravata em casa mesmo.
- Idiota! -ela riu enquanto eu subia as escadas.


Jade POV

Cheguei ao prédio no qual Neymar morava, e o porteiro me lançou um sorriso enquanto abria o portão, talvez se lembrando da forma deplorável como eu deixei o lugar da última vez.
Subi os lances de escada que me levaram até o sexto andar, e toquei a campainha. Rapidamente ouvi passos na direção da porta, e em seguida ela foi aberta, me surpreendendo. Foi uma garota quem me atendeu. Da mesma altura que eu, ela possuía pele morena, um longo cabelo castanho e olhos verdes, ela me era familiar. Arqueei uma sobrancelha.

- Oi? -ela sorriu.
- Desculpe, eu devo ter tocado no apartamento errado. -eu tinha certeza que era o certo.
- Rafa, quem é? -ouvi uma voz masculina do lado de dentro, falando em português, não entendi o que foi dito, mas sabia que aquela voz era dele. E logo Neymar apareceu ali, ao lado dela, vestindo apenas uma bermuda, com os cabelos molhados, ele pareceu assustado ao me ver.


Neymar POV

Assim que terminei o banho, e acabei de me vestir, ouvi a campainha tocar. Desci sem nem secar meu cabelo, e encontrei minha irmã falando com alguém do outro lado da porta. Me aproximei e quase caí de susto ali mesmo. Era Jade. Quando eu poderia imaginar que ela apareceria assim, do nada, no meu apartamento?
Mesmo admitindo para mim mesmo que não resisto a Jade, ela era minha missão, e eu não poderia envolver minha irmã mais nova nisso. Era perigoso!

- Ja-Jade? -gaguejei- Oi! -sorri voltando a falar inglês
- Oi. -Jade respondeu de forma seca, enquanto olhava de mim para Rafaela.
- Quem é ela, Júnior? -Rafa perguntou, ainda utilizando nosso idioma de origem.
- Essa é a Jade, uma a-amiga. -forcei um sorriso- Jade, essa é minha irmã Rafaela -apresentei as duas, e podia jurar que vi a expressão de Jade relaxar. Ela estava insegura com outra presença feminina?
- Olá, entra, Jade! -Rafa sorriu simpática e deu espaço para ela entrar.
- Oi. Não precisa, Rafaela, não quero atrapalhar. Falo com você outra hora, Neymar! -ela acenou com a cabeça antes de nos dar as costas e se dirigir as escadas.
- Amiga né? Sei! -Rafaela riu enquanto fechava a porta e me encarava.
- É amiga sim, ué.
- E toda essa tensão sexual entre vocês dois?
- Tensão o que? -ela riu.
- Viu! Você fica até nervoso. Mas achei ela muito bonita, então pode investir!
- Você não faz ideia do que está falando, sério.
- Não? Então me conta.
- Vamos logo pra esse restaurante. -fugi do assunto enquanto ia buscar uma camiseta e as chaves do carro.


Jade POV

Saindo do prédio de Neymar, segui direto para o de Alicia, eu não iria perder a viagem, e sabia que ela só estaria no pub a noite.
-
 Pra quem andava sumida, até que você está aparecendo muito ultimamente. -riu enquanto eu entrava.
- Não enche! -me sentei no sofá, colocando as pernas na mesa de centro.
- Não, sério, eu já tô enjoada dessa sua cara. -disse se sentando no outro sofá e eu joguei uma amofada nela.
- Por que ao invés de ficar falando merda você não vai me servir o almoço? -perguntei.
- Porque isso aqui é um país livre, não rola escravidão.
- Morre então!
- Que mau humor é esse? Achei que passar o domingo inteiro com o Neymar fosse alegrar você -riu maliciosamente- Ai...não vai me dizer que ele broxou? -perguntou enquanto levava a mão ao coração e eu não contive uma gargalhada.
- Vai se foder, Alicia.
- O que é então?
- Eu acabei de vir da casa dele na verdade...
- Hmmm.
- Cala boca -ela riu- Ia chamar ele pra almoçar, ou sei lá. Mas quando toquei a campainha, quem atendeu foi uma garota bem bonita.
- Aposto que você é mais bonita e mais gostosa! -disse de forma engraçada.
- Você quer que eu conte ou não, caralho?
- Ai, desculpa, agressiva.
- Ele apareceu em seguida, e a tal garota era irmã dele.
- Meu Deus, que susto que tu me deu! Ninguém poderia ir de Londres até Brighton por uma pessoa em um dia, e estar com outra na manhã seguinte.
- Ele não foi pra Brighton por minha causa.
- Ah, não, claro que não! Ele foi só para tomar sol -ironizou.
- Recapitulando. A questão é que eu me senti estranha quando eu a vi no apartamento dele, e depois, quando soube a verdade, essa sensação desapareceu.
- Você sentiu ciúmes! Parabéns, você não é uma pedra como imaginávamos!
- Ciúmes? Por que eu sentiria isso? -ri desacreditando. Era ridículo.
- Pera aí, deixa eu ver...porque você gosta dele!
- Não sei porque eu te escuto, Alicia!
- Porque você sabe que eu estou certa. Mas enfim, como foi lá?
- Não foi. Ela me convidou para entrar, e eu disse que não precisava, agora estou aqui ouvindo suas bobagens.
- Por que você não entrou e ficou lá com seu homem e sua cunhada, garota?
- Porque eles não são meu homem e minha cunhada. Acorda! Nós ficamos umas vezes, acha mesmo que eu quero conhecer a família dele? E você acha que ele quer que eu conheça?
- Como ele reagiu?
- Parecia assustado ao me ver.
- Hm, talvez esteja cedo para apresentações mesmo. Mas quer dizer então que você queria almoçar Neymar, ops com o Neymar? Miga sua loca! -voltou rindo ao ponto inicial da conversa.
-
Você é patética! -rimos

[...]


Uma semana, esse foi o tempo que Neymar sumiu. Não que ele tenha sumido exatamente, na noite do dia em que fui no seu apartamento e conheci sua irmã, ele me ligou. Parece que ela trouxe a notícia de que o pai deles havia adoecido, e ele precisava viajar para visitá-lo. Não o contrariei. O problema é que na mesma noite recebi uma ligação de Bob, um velho cliente. Ele precisava de peças e placas de computador, e contava conosco para conseguir. 
Comecei a montar um plano, e mesmo de longe, Neymar me ajudava através de e-mails, até que ficou tudo pronto e era hora de agir.

Neymar POV

Quase surtei quando Rafaela disse que passaria uma semana inteira na minha casa. Eu não poderia deixa-la no meio da minha missão, não poderia de forma alguma permitir que ela se envolvesse com os Mitchel. Não contei nada para ela, mas depois de pensar bastante, liguei para Jade e inventei que teria que ir visitar meu pai, fingi até que ele havia ficado doente. Jade me passou um plano, e durante vários dias trabalhos juntos por e-mail, afim de montar uma estratégia, que ficou perfeita no final.
Em meio a isso tudo, eu ia montando meus relatórios para o trabalho, e deixando todas as provas prontas, para que no dia que o plano fosse ser posto em prática, prenderíamos toda a quadrilha em flagrante. E o dia chegou, era hora de agir. Por mais que ainda me sentisse totalmente dividido, eu tinha que ignorar isso e fazer o meu trabalho. 

Cheguei na grande casa dos Mitchel por volta das oito da noite. O plano só começaria a meia noite, mas toda as informações extras que eu conseguisse durante esse tempo seriam melhores ainda. 
Toquei a campainha sem pressa, e logo a porta foi aberta, relevando um Matthew com sua típica expressão de ódio, ele sempre fazia isso ao me ver. 

- E ai, cara? -soltei um risinho para provocá-lo.
- O que você quer aqui?
- Ué, mas não temos trabalho hoje?
- Você não tem relógio?
- Eu gosto de me adiantar, sabe como é, né? -praticamente forcei a porta para que ele me desse passagem e entrei- Cadê sua prima?
- Por que você ta o tempo todo atrás dela? 
- Eu? Porque ela é nossa chefe, por isso. -ri.
- Você se acha muito esperto, não é, Neymar? Mas eu sei, com toda certeza do mundo que você esconde alguma coisa, e pode crer que eu vou descobrir o que é! -Matthew disse firme, enquanto apontava sem dedo indicador na minha direção, engoli em seco.
- Qual é, Matthew? Só você implica comigo por aqui, talvez o problema não seja eu! 
- Eu só não quebro a sua cara aqui mesmo, porque hoje vamos precisar de toda ajuda possível, até a de um otário como você! -dessa vez ele gritou, e eu dei mais um dos meus risos irônicos, Matthew chutou o sofá e subiu as escadas, enquanto ainda me olhava furiosamente. 

Esperei que ele subisse, e que eu pudesse ouvir a porta de se quarto ser batida, para subir em seguida. Caminhei rápido pelos degraus, mas sendo o mais silencioso possível, cheguei até a porta do escritório de Jade, e constatei que estava trancada. Assim que me virei, encarei outra porta importante, a do quarto dela. Entrei sorrateiramente, e comecei a vasculhar suas coisas. Escrivaninha, mesa de cabeceira, qualquer papel que eu encontrasse, e tudo o mais que pudesse ser importante. Mas o problema era esse, não havia nada importante ali, com certeza qualquer coisa significativa estava com ela, no escritório. 
Me sentei em sua cama grande e macia, e percebi como o cheiro dela estava presente ali, senti falta disso durante esses dias, com certeza senti. Balancei minha cabeça, na infantil tentativa de me libertar desses pensamentos, e peguei meu celular no bolso. Todo o plano e as demais informações já estavam devidamente anexadas em um rascunho de e-mail, era só eu apertar em enviar para Jenny, que tudo seria resolvido. Não só teríamos provas suficiente para prendê-los, como metade da polícia inglesa apareceria lá para fazer isso.
Comecei a rapidamente dar uma revisada em tu que estava ali, e me vendo satisfeito fui em buscar da opção enviar, e no instante em que ia fazer isso, a porta do quarto de Jade se abriu.



Olá meninas, quero agradecer pelos comentários e acrescentar que eu () estou tão ansiosa quanto vocês pra Jade descobrir sobre o Neymar, kkkk. Esperamos que tenham gostado desse capítulo e que deixe sua opinião aqui, o que será que nos aguarda no próximo capítulo? Beijoss.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Capítulo 9 - Brighton





Neymar POV


Assim que Marshall me deixou sozinho, comecei a elaborar um novo relatório. Perto da hora do almoço liguei para o Gustavo, em seguida para o Guilherme e o Gilmar, o número de Matthew era o único que eu não ainda não possuía, mas pedi para que o chamassem também, para que nós cinco fossemos almoçar em algum restaurante. Já que Jade estava me evitando, seria uma boa hora para fazer amizade e colher informações com os outros integrantes da quadrilha, e tirá-la dos rumos dos meus pensamentos, mesmo que temporariamente.

[...]

Almoçamos apenas nós quatro. Matthew não apareceu, como eu já esperava, e segundo os outros ele nem se deu ao trabalho de inventar uma desculpa, apenas disse que não iria. Eles acabaram chamando Jade também, que não foi porque estava viajando. Essa informação era nova para mim, mas até descobri para onde a loira foi, Brighton.
Tivemos uma tarde divertida. Gil, Gustavo e Gui eram caras legais, possuíamos bastante coisas em comum, e, honestamente, era bom passar um tempo com eles. Se não levassemos vidas tão distintas, eu aposto que poderiamos ser amigos de verdade.

[...]

Depois de voltar ao escritório, e passar o resto do dia lá, finalmente fui para o meu apartamento. Abri um vinho, enquanto ainda trabalhava com as informações que conteriam no novo relatório. Eu infelizmente não havia avançado muito.
Uma propaganda na televisão sobre protetor solar, que mostrava uma praia, me fez refletir -um pouco cômico, talvez-. Eu deveria ir para Brighton. Não poderia aceitar que Jade me ignorasse para sempre, era essencial ficar próximo dela, afinal ela é a líder. E era apenas por isso que iria até ela, pelo menos eu tinha que me convencer que essa era a única razão.

[...]


Jade POV

O sol não colaborou com Alicia durante o sábado inteiro, acabou chovendo e nós fomos obrigadas a passar o dia em casa, na verdade eu adorei, mas isso a chateou. Gastamos todo nosso tempo com a Netflix.
Surpreendentemente, no domingo acordei com raios solares sobre o meu rosto, e não foi porque esqueci as janelas abertas antes de dormir, foi porque Ali estava abrindo as janelas propositalmente. Ela já estava vestida com seu biquíni e cheia de expectativa para finalmente entrar no mar, ao contrário de mim, que preferia ficar dormindo.
Assim que saímos de casa, notei que apesar do sol, o vento me causava frio, mesmo assim me sentei ali, abraçando meus joelhos, enquanto via Alicia aproveitar as ondas sem medo. Louca. Vez ou outra eu ouvia ela chamar meu nome, mas eu não iria, não mesmo.


Neymar POV

Acordei bem cedo, depois de encarar mais ou menos uma hora de estrada, cheguei até meu destino. Aluguei um quarto em uma pousada próxima a praia, e me passando por interessado em imóveis, descobri com o recepcionista onde ficavam as áreas de casas frequentadas por turistas, aquelas mais junto do mar, tudo que um bom viajante gostaria.
Deixei meu carro lá e fui para a praia, apesar do sol, o frio espantava as pessoas de lá, a estação do ano também não ajudava muito, ainda era outono. Ao longo de metros percorridos, eram poucos os aventureiros que eu encontrava no mar ou perto dele.
Não precisei andar muito, para ver de longe uma silhueta conhecida. Jade estava sentada de frente para o mar, vestindo um short jeans, um sueter preto, que cobria quase que seus joelhos, e um tênis da mesma cor. Seus cabelos loiros estavam presos em um coque, mas isso não impedia que o vento os fizessem voar, o olhar dela observava o horizonte, parecia perdida em seus próprios pensamentos. Senti necessidade de correr até ela, mas não o fiz. Apenas me aproximei normalmente, sentando-me ao seu lado.


Jade POV

Neymar. Era a única pessoa na qual eu conseguia pensar. Já estava considerando a possibilidade de entrar naquele mar e me matar afogada, só para fugir desses devaneios, quando senti uma presença se aproximar, não me mexi, mas logo a tal pessoa se sentou ao meu lado. Era ele.

- É lindo, não é? -perguntou encarando o mar, apenas o olhei.
- Qual o seu problema em respeitar meu espaço? -perguntei sem me alterar e ele me olhou- Por que é que você não me deixa em paz? -encostei meu rosto na mãos, e elas nos meus joelhos. Não obtive resposta, mas seu braço passou pelas minhas costas, me levando para junto de seu corpo, e em seguida seus lábios depositaram um beijo no meu pescoço.
- Você quer que eu te deixe? -sua voz suave sussurrou no meu ouvido, e eu senti como se meu coração fosse explodir, de tão rápida que minha pulsação se tornou. Levantei meu rosto, nossos olhares se prenderam um no outro.
- Eu...você precisa me deixar. -disse sem muito certeza do que estava falando.
- Eu preciso saber de você. Você quer que eu te deixe? -Neymar insistiu- É só dizer. Irei voltar para Londres, e agir como se nada tivesse acontecido. -só de pensar nessa possibilidade eu senti medo. Queria chorar, e ao mesmo tempo prendê-lo em um abraço, apenas para tê-lo ali comigo.
- Não! -acompanhado do impulso da resposta veio um beijo. Colei nossos lábios com delicadeza e conduzimos o beijo assim até perdermos o ar.


Neymar POV

Só de vê-la, estar no mesmo ambiente, e ainda tocá-la, eu me sentia balançado. Foi então que Jade me beijou, derrubando por completo todas as barreiras que ainda poderiam haver em torno do meu coração. Todos os planos de me envolver apenas profissionalmente, e apenas fingir reciprocidade no sentimento, foram quebrados com aquele beijo.
Ficar longe dela e reencontra-la só serviu para me mostrar que estou dependente de Jade Mitchel. Sou um viciado, e ela é minha droga proibida!


Jade POV

Encerramos o beijo, e eu encostei minha cabeça em seu peito, ele beijou meus cabelos e ficou abraçado comigo. Um vento mais forte soprou e eu senti meu corpo se arrepiar.
- Está com frio? -perguntou apertando seus braços em torno de mim. Apenas assenti- Vamos sair daqui. -sugeriu enquanto se levantava, e me dava a mão para fazer o mesmo. Observei o mar e não encontrei mais Alicia ali- O que foi?
- Nada, vamos. -o puxei pela mão, e voltamos para casa.
- Essa casa é sua?
- Da minha amiga. Eu não vim sozinha, ela estava ali no mar até você chegar, mas sumiu.
- E não vai ir procurar ela?
- Não. Alicia é bem grandinha, eu até diria responsável, mas seria mentira. -ele riu- Eu vou tomar um banho, preciso vestir alguma coisa antes de entrar em hipotermia. Pode esperar aí se quiser.

[...]

Depois de tomar um banho rápido e bem quente, vesti uma roupa confortável que me mantesse aquecida e voltei até a sala, onde Neymar ainda me esperava.
- Pensei que ia embora.
- Nem se você quisesse. -riu e me puxou para sentar entre suas pernas no sofá.
- Por que você veio pra cá?
- Porque você não parava de me evitar.
- Isso é saudade?
- Talvez. -riu fraco, afastando meus cabelos, que agora estavam soltos, e depositando beijos pelo meu pescoço, enquanto suas mãos começavam a passear pelo meu corpo, me arrepiei.
- Pode parar! -me virei para encará-lo.
- Parar com o que? -ele tinha um sorriso malicioso nos lábios.
- Nós não vamos transar!
- Você adora repetir isso, pra tentar se convencer de que não quer. -riu- O problema é estarmos na casa da sua amiga? Nós podemos ir pro hotel que eu me hospedei.
- Se veio de Londres só para transar comigo, perdeu a viagem, amigo! -me afastei dele. Fiquei irritada de pensar nisso, talvez até ofendida. Não é que eu não tivesse vontade, mas será que ele só estava ali por isso? E se tivesse, qual o problema? Não sentimos nada um pelo outro mesmo!
- Ei...-ele me puxou pela mão, me fazendo voltar para seu colo- É claro que não foi isso. Eu queria ver você!
- Você sabe que não acredito em uma palavra que você fala né? E também não me importo com nenhuma delas. -Neymar riu, beijando meu rosto.
- Já que você não acredita, é melhor eu não falar. -riu antes de me beijar, deitando-me no sofá e ficando por cima- Sentiu minha falta durante esses dias? -perguntou me olhando quando paramos o beijo.
- Não, por que sentiria? -respondi e ele riu fraco.
- Você até me ligou na madrugada de sexta.
- Eu? -me fingi de espantada.
- Você!
- Ficou maluco né? Sentiu tanto a minha falta que até sonhou comigo. -ele riu- Eu falei alguma coisa nessa tal ligação?
- Não.
- Provavelmente o celular estava embaixo do travesseiro e te ligou.
- Jade, Jade -ele sorriu, colocando meu cabelo atrás da orelha- Eu ouvi sua respiração descompensada quando falei do outro lado da linha.
- Está, por acaso, insinuando que eu te liguei no meio da noite e fiquei sem fôlego ao te ouvir?
- Exatamente!
- Cuidado para esse seu ego aí não explodir! -ele riu e eu o empurrei, nos sentamos de novo- Preciso fumar! -disse mais pra mim mesma do que pra ele.
- Quando vai parar com isso?
- O que?
- Fumar. -fez uma expressão de nojo.
- Cuida da sua vida, que eu cuido da minha.
- Cada vez que eu falo com você é um tiro.
- Então não fala comigo.
- Viu só? -disse de forma engraçada e nós dois rimos.
- Que fome! -me levantei, indo até a cozinha.
- Depois dos xingamentos, reclamação de fome é o que eu mais ouço você falar. -me seguiu.
- Ninguém te perguntou. -ele fez uma cara de ofendido e eu ri- Não tem nada pra comer nessa casa -falei olhando os armários, mesmo sabendo que não ia encontrar nada consumível- Você bem que poderia sair e comprar comida.
- Que exploração! -ele protestou- Mas se rolar uma recompensa -ele riu e mordeu o lábio, revirei os olhos.
- Isso que você está propondo é prostituição! -ele riu alto- Esquece, eu saio e compro minha comida.
- Corrigindo: Nós saímos e compramos nossa comida.
- Não te chamei!
- Vou te acompanhar só para não ficar longe dessa sua delicadeza. -ironizou enquanto íamos em direção a porta.

[...]

Passamos o dia inteiro juntos. Depois de almoçarmos no pier, ficamos andando por lá. Apesar de tudo aquilo ir contra o que planejei, de me manter longe dele e todo mais, tê-lo ali era bom. Neymar possuía todos aqueles defeitos que me irritavam, mas mesmo assim eu não conseguia não ser atraída por ele. 

[...]

Na segunda-feira a tarde, Alicia e eu estávamos de volta a Londres. Neymar me deixou na casa de Brighton domingo a noite, e voltou primeiro, não entendi porque mas não iria mesmo questioná-lo.

Depois de deixar minhas coisas em casa, decidi que iria até o apartamento dele, talvez poderíamos almoçar juntos de novo, ou sei lá.





Falaê, amorasss! Estou muito feliz em ver os comentários surgindo, e quero dar as boas vindas para as leitoras novas!
Vi bastante gente falando de quando a Jade descobrir que ele é um policial, e tenho umas coisas pra dizer: não ta longe de acontecer, mas também não ta tão perto assim, o que eu sei é que até lá vocês vão ficar na curiosidade de como vai rolar. Sabrina e eu já pensamos nisso hahaha

Enfim, obrigada, e beijos da tia Bia!

domingo, 13 de dezembro de 2015

Capítulo 8 - Friendship



Eu tentei dormir e foi em vão, meus pensamentos não paravam de me torturar, e eu já estava beirando a loucura. Recorri a televisão, ao meu celular e aos livros também, mas não conseguia me concentrar em nada. E para piorar eu ainda estava sozinha naquela casa enorme. Resolvi sair.
Era quase nove da noite quando estacionei meu carro em frente ao pub da Alicia. Comecei a frequentar o lugar assim que entrei na faculdade, e depois de algumas visitas criei amizade com a dona. Alicia Adams é só alguns anos mais velha que eu, tem 26, e assumiu a administração quando seu pai adoeceu, e resolveu se mudar para o interior com sua mãe. Ela é a única mulher com quem realmente tenho uma amizade, além da tia Grace.
- Quem é vivo sempre aparece! -ela disse ao me ver sentar em um dos bancos junto ao balcão. Mesmo cuidando mais da parte administrativa, a maluca gosta de estar ali.
- Controle sua saudade. Me da alguma coisa pra beber aí, o atendimento nesse lugar já foi melhor. -ela riu enquanto me servia uísque.
- Vamos sentar em uma mesa, por mais que você não mereça, eu estou realmente com saudades. -sorri e fomos nos sentar- Agora me fala o que andou fazendo além de roubar.
- Nada, só roubando mesmo. -Alicia riu.
- É impressão minha ou você está o desanimo em pessoa hoje?
- Impressão.
- Como se eu não te conhecesse, Jade. O que é que foi?
- Uma mulher não pode nem beber mais sua bebida em paz?
- Para de fugir da minha pergunta, peste. -ela insistiu.
- Eu transei com um cara hoje, e...-pausei.
- Isso não deveria ter te deixado de bom humor? -riu.
- Alicia, porra, é sério.
- Ok, continua.
- E eu senti uma coisa estranha...
- Para de cortar as frases antes que eu corte sua garganta.
- Foi uma sensação diferente, era mais que prazer, era como se...
- Como se?
- Eu precisasse dele. -admiti.
- Você está falando que está apaixonada?
- Claro que não!
- Quem é ele?
- Um novo cara da equipe.
- Você não deveria misturar sexo e trabalho.
- Eu sei.
- E ta arrependida? -a pergunta dela me fez refletir brevemente. Mesmo essa situação tendo me bagunçado internamente, eu não estava arrependida, o que era mais insano ainda.
- Eu...não, pior que eu não estou arrependida. Ali, colabora, vamos mudar de assunto. Quero mais bebida, cadê?
- A coisa está pior do que eu imaginei -riu enquanto fazia um sinal para o garçom, que trouxe a garrafa de uísque.
- Do que você está falando? -juntei as sobrancelhas.
- Olha a forma como você foge do assunto -ela riu- Quer ser livrar de uma coisa que já não tem muitas forças pra resistir.
- Alicia, eu vou embora. Cala essa boca ou muda de assunto!
- Ok -riu, erguendo as mãos em sinal de rendição- Do que quer falar? Ah, espera, já sei...Adivinha quem deu as caras por aqui ontem de novo?
- Quem?
- Matthew.
- O meu Matthew?
- Exatamente.
- O que ele queria?
- Ainda aquele papinho. Nós ficamos uma vez e ele não supera. Eu ainda estou de rolo com aquela menina, lembra? -assenti.
- Ele vem sempre aqui?
- Algumas vezes. E eu me tranco no escritório.
- Parece que eu não sou a única que foge do assunto. -ri.
- Não é assim também -ela riu.
- Talvez ele goste de você.
- Sério? -ela perguntou sem muita fé.
- Não. Você sabe que eu não acredito nessas coisas.
- Cuidado com o que fala, Jade. -riu.
- Não acredito mesmo que alguém goste tanto de uma pessoa a ponto de ser dependente e querer passar a vida inteira ao lado.
- Você é uma pedra!
- Talvez. -dei de ombros-
- Mas mesmo assim, por enquanto estou de boa no meu lance com a Carly. Não quero saber do Matthew agora.
- Só agora né? -ri.
- Cala essa boca, Mitchel!
- Você sabe que só trabalho com verdades -ela riu- Tava pensando em sumir um pouco, sabe?
- Não, como assim?
- Não tenho nenhuma encomenda para entregar nas próximas semanas, dinheiro também não é problema. Quem sabe seja a hora de dar uma volta.
- Você quer mesmo fugir desse cara. -ela observou.
- Não tem nada a ver com ele.
- Se você diz -Alicia riu dando de ombros- Mas sabe que eu também tô precisando dar uma saída. Tô me sentindo meio empoeirada, o tempo inteiro nesse bar.
- Talvez pudéssemos ir pra Miami, ficar com a minha tia, mas tem todo aquele lance de sol que eu odeio.
- Tem a minha casa em Brighton! -ela soou animada e sorriu.
- Acabei de dizer que não gosto do sol.
- Eu sei, por isso eu sugeri Brighton. Nem que você faça uma dança tribal o sol brilha igual na Flórida. Agora para de ser uma velha chata e vamos!
- Ok, nós vamos.
- Sexta a noite?
- Fechado!

[...]

- Vai viajar? -Matthew perguntou enquanto se jogava na minha cama, e eu fechava a pequena mala.
- Não, essas coisas são suas, estou te expulsando de casa. -ironizei.
- Sério, doce prima. -ele riu quando lhe mostrei do dedo do meio- pra onde você vai?
- Por que quer saber?
- Sou seu primo mais velho, tenho que cuidar de você.
- Não fode, Matthew! -ri.
- Me conta, inferno de garota.
- Você é o mais fofoqueiro do mundo, sabia?
- Sim, o mais lindo também.
- Vai dar, garoto. -ele riu.
- Jadinha?
- Eu vou pra Brighton, ta feliz? Af.
- Doeu me contar? Eu posso ir? Vai sozinha?
- Não, não e também não.
- Vai com quem? -perguntou desconfiado enquanto se sentava.
- Alicia. -vi sua musculatura relaxar com a minha resposta- Com quem mais poderia ser?
- Ninguém! -ele riu meio aliviado, aposto que poderia jurar que eu iria com o Neymar- Voltam quando?
- Ai, me deixa em paz! -disse quando terminei de amarrar o tênis e saí do quarto puxando a mala.
- Alicia já chegou? -perguntou me seguindo.
- Já. -respondi olhando sua mensagem no meu celular- Tchau, Matt. Lembre-se de que nosso trato vale até quando não estou em casa, ou seja, nada de vadias aqui. Tenho olhos e ouvidos em todos os lugares, e vou saber se vacilar.
- Vai se foder, e boa viagem! -disse abrindo a porta e me empurrando pra fora juntamente com as minhas coisas. Mas ao invés de entrar ele ficou ali, olhando nós duas, guardei minha mala no banco de trás, e antes de entrar vi Ali acenar para o Matthew, que correspondeu e fechou a porta em seguida. Logo ela estava ao volante, coloquei o CD do Arctic Monkeys, e fomos conversando durante a viagem de mais ou menos uma hora.
Eu gostava bastante de Brighton, às vezes meu pai me levava lá, ele gostava muito do mar, e ficava sentado o observado por longas horas, enquanto eu me divertia nos parques de diversão. Na época eu não entendia muito bem, mas estar de volta a essa cidade era bom, além dessas boas lembranças, o lugar era realmente relaxante, e a casa dos Adams ficava em um lugar bem tranquilo. Era bem de frente para a praia, e da varanda mesmo você já podia tocar nas pedrinhas que tomavam o lugar da areia e sentir a brisa que vinha do oceano. Apesar de sempre associarmos praia com calor, Brighton era diferente, tinha um bom frio, e esse era o seu charme.

- Adoro essa casa. Me sinto no livro Querido John quando estou aqui. Agora só falta o John mesmo. -Alicia disse, enquanto se sentava em um dos sofás da varanda, onde eu também estava sentada em um, e me entregava uma xícara com chocolate quente igual a sua.
- Você é ridícula! -rimos.
- Tomara que amanhã faça sol para encararmos esse mar. -dei de ombros, bebericando meu chocolate- Está pensando nele, não é?
- Infelizmente estou.
- Tem certeza que não gosta dele?
- Tenho. Na verdade eu o odeio!
- Odeia? -Ali arqueou uma sobrancelha.
- Sim! Odeio o jeito que ele fala comigo, e como sua voz soa ao dizer meu nome. Odeio o fato dele estar em todos os lugares, e ser tão inteligente. Odeio também a forma como ele sorri e seus olhos quase fecham, aqueles olhos verdes. Ainda odeio aqueles lábios persuasivos, odeio seu beijo, sua pegada e seu senso de humor irritante!
- Meu Deus, Jade! -ela riu- Socorro, eu nunca vi você assim!
- Não sei do que você está falando.
- Você gosta dele!
- Não, é claro que não. Acabei de te listar os motivos pelos quais eu o odeio, ficou louca? O que tem nessa sua xícara aí, vodka? -ela riu novamente.
- Mas, Jade...-a interrompi.
- Vou dormir, boa noite! -levantei e entrei antes de ouvi-la dizer qualquer coisa.
Depois de apagar a luz e me deitar, tudo que fiz foi ficar encarando o teto escuro. Eu já estava há dois dias sem falar com ele, desde a quarta-feira, quando tudo aconteceu.
Eu nunca diria em voz alta que tem algo especial no Neymar, mesmo que, talvez eu mesma já esteja convencida disso. E esse algo me dava uma vontade incontrolável de tê-lo por perto o tempo inteiro, ou pelo menos ouvir sua voz.
Coloquei minha mão debaixo do travesseiro até encontrar meu celular, fui até a agenda e fiquei olhando seu contato, eu não tinha coragem suficiente para ligar. Mas desde quando coragem foi um problema para mim? Disquei.
- Alô? -sua voz calma me atendeu prontamente- Jade, por que você sumiu? Jade? Seu nome apareceu no visor, sabia? -mesmo sem vê-lo eu sabia que ele havia sorrido- Tudo bem, você ainda não quer falar comigo. Mas pelo menos posso ouvir sua respiração...então vou ficar aqui, até você decidir falar. -desliguei assim que ele terminou a frase. Minha pulsação estava acelerada, eu precisava beber água, e foi o que eu fiz, antes de voltar, desligar o celular e finalmente conseguir pegar no sono.

[...]

- Alicia Margareth Adams, cadê a comida dessa casa? -gritei ao pé da escada.
- Não tem não, monamu. Você esqueceu que ninguém mora aqui? O chocolate de ontem eu trouxe de Londres. E não me chame de Margareth! -disse descendo.
- E como vamos tomar café da manhã, Margareth?
- Vou quebrar a sua cara! -eu ri- Vai se trocar e a gente sai pra comer.
- O que tem de errado com a minha roupa?
- Nada, Jade. Não tem nada de errado com essa calça de moletom, essa camiseta surrada e o coturno que eu sei que você vai calçar -ironizou.
- Pensei que a gente ia sair pra comer, e não pra ir a semana de moda!
- Vamos logo, vai! -riu enquanto saíamos- Eu estava pensando em viajar no mês que vem -comentou enquanto caminhávamos pelo calçadão, rumo a uma lanchonete de donuts.
- Pra onde?
- Pensei na Amazônia brasileira, e depois para a Índia. Você sabe que gosto de estar em paz com o meu eu interior, e um pouco de natureza e espiritualidade não faz mal a ninguém.
- Você é completamente louca! -argumentei em tom de negação.
- Louca é você. Fica estocando todo esse seu dinheiro pra que? Não vejo você gastar ele com nada de bom, só bebidas e cigarro. Vai viajar o mundo, conhecer outras línguas, tipo literalmente. -riu.
- Me avise quando acabar com o clichêzinho ridículo.
- Ah, e tem mais...-a interrompi.
- Sério?
- Sim! Não quero você fumando enquanto estivermos aqui.
- Mina, cê ta louca. Quer que eu morra de abstinência?
- Melhor morrer de abstinência do que de câncer. -sorriu irônica- Aposto que...-fez uma expressão pensativa- Como é mesmo o nome dele?
- Quem?
- O cara que você transou.
- Nossa, estampa num outdoor! -ironizei.
- Fala logo.
- Neymar.
- Aposto que o Neymar também não gosta de ver você fumando.
- Fodam-se você e ele.
- Eu não. Quem fode com ele é você! -gargalhou enquanto eu lhe mostrava o dedo do meio.


Neymar POV


Sete da manhã, cheguei ao escritório acompanhado do meu café do Starbucks, e bati meu cartão de ponto. Fui cumprimentando algumas pessoas enquanto seguia rumo a minha sala. Jenny, a secretária, não estava na sua mesa em frente a minha porta, mas seu computador estava ligado e suas coisas mexidas, ela só deveria estar resolvendo algo pelo prédio.
Girei tranquilamente a maçaneta da minha porta, mas me surpreendi ao entrar. O coronel John Marshall estava ali, sentado na minha cadeira, com os braços cruzados, a postura ereta como sempre, e um olhar sério.
- Bom dia, senhor. -cumprimentei-o sem ainda entender o motivo dele estar ali. Quando Marshall queria falar com alguém ele sempre convocava a pessoa até sua sala, teria que haver um motivo muito importante para ele ter se deslocado, e logo no início do expediente.
- Sente-se, agente. -foi mais uma ordem do que um pedido. Me sentei na cadeira de frente para ele, do lado oposto da mesa- Como vai o caso no qual está envolvido?
- Bem, eu entreguei um relatório para a inteligência no início da semana, e deixei uma cópia com a sua secretária. O senhor não recebeu?
- Recebi, na verdade todos nós recebemos aquelas informações inúteis que todo departamento de arquivo já possuía! -seu sarcasmo era irritante, mas eu não poderia me exaltar.
- Acho que não entendi, coronel.
- Você nos forneceu detalhes sobre os perfis dos criminosos. Coisas banais que nós mesmos demos a você no começo...
- Era minha visão após os primeiros contatos.
- Não me interrompa! -Marshall era arrogante- O ponto é que se você quer mesmo continuar nesse caso, agente Santos, terá que melhorar e melhorar muito. Quero menos especulação e mais resultado, você sabe que não estamos aqui para brincadeira. Honre seu distintivo, honre nossa rainha e nossa nação, honre sua profissão! Ou comece a se acostumar com a ideia de viver longe do Serviço Secreto! -foi o que ele disse autoritariamente antes de sair quase que marchando.
E ali estava tudo decidido. Eu não poderia e não iria jogar fora anos de trabalho, riscos, esforço e dedicação por causa de uma mulher, uma mulher criminosa. Onde eu estava com a cabeça quando me deixei levar? Se eu não voltasse a agir como o profissional de sempre estaria tudo perdido, e eu não permitiria isso.
Se Jade queria se apaixonar por mim, o problema seria unicamente dela. Faria qualquer coisa pelo caso, até fingiria reciprocidade no sentimento, eu só não poderia estragar tudo.


Hellooo! Meninas, queria agradecer a uma leitora que nos alertou que não estava dando certo comentar em anonimo, muito obrigada meu amor, seu aviso nos ajudou muito. Agora quem não tem conta pode comentar, não tem mais desculpa, heim. Kkkk. Só avisando, capítulos todos os domingos, ficamos certas, assim, ok? Muito obrigada pelos comentários do cap passado. 

 Comentem, tá? Beijo da Sá.