domingo, 22 de novembro de 2015

Capítulo 6 - Pool Party





Neymar POV


É claro que eu havia adorado ficar com a Jade outra vez, e se não nos controlássemos eu iria até além. Quando toco seu corpo, esqueço que ela é uma criminosa, esqueço que estou em missão! Mas por que ela tinha que ser tão bonita?
De manhã, antes de passar no escritório para entregar uns relatórios, assinar uns documentos, e toda essa burocracia; decidi que iria ir vê-la. Afinal eu não poderia simplesmente sumir o dia todo sem que Jade suspeitasse.
Eram oito e meia da manhã quando cheguei em frente a sua casa, e Jade vinha entrando, voltando de sua caminhada matinal.
- Ei! -disse saindo do carro e sorri. Mas ela me olhou e revirou os olhos.


Jade POV

Assim que estava chegando em casa, Neymar apareceu. Ele vai mesmo ficar insistindo nesse lance?
- Não me lembro de ter marcado nenhuma reunião, Neymar.
- Ué, o que aconteceu? -se aproximou, segurando minha mão- Bom dia -veio me dar um selinho, mas eu recusei- Jade, o que foi?
- Não foi nada! -soltei minha mão da sua e entrei, ele veio logo atrás- Sério, Neymar, o que você quer? -perguntei cruzando os braços, parada na sala.
- Por acaso você tem amnésia e esqueceu o que aconteceu ontem? -ele riu leve.
- Não, claro que não. Mas não estamos falando de ontem, estamos falando sobre o que é que você está fazendo aqui hoje, agora?
- Nós estamos ficando, não estamos? Eu vim ver você!
- Nós não estamos ficando!
- Como é? -ele me olhou irritado.
- Isso aí. Nós ficamos ontem, ok, foi um deslize. Mas pra mim nunca aconteceu.
- Me diz que você já esqueceu isso então! -ele me puxou bruscamente pelo braço, mas sem me machucar, e logo seus lábios vieram de encontro aos meus. Sua língua pediu passagem, mas eu não cedi, eu seria forte, teria que ser forte! Seu perfume estava me embriagando, uma de suas mãos embrenhou-se nos meus cabelos, e a outra desceu até a minha bunda, apertando-a. Eu me rendi. E logo nossas línguas se encontraram em um beijo caloroso e movimentado. Que só teve fim quando precisávamos respirar.
- Você ficou maluco!? -disse ríspida e ele riu- Seu...seu, ahn, imbecil! -eu não conseguia formular uma frase cabível, olha em que estado ele me deixava.
- Eu sei que você gosta tanto quanto eu. -ele riu maliciosamente.
- Filho da puta! -ele gargalhou- Eu não estou rindo! Olha bem pra mim, -ele não me encarava sério, ainda prendia o riso- nós nunca mais vamos ter nada, eu nem sinto nada por você...
-Nem desejo? -ele me interrompeu, rindo.
- Não! -praticamente gritei- Francamente, aquele dia na boate eu estava bêbada -menti-, e ontem eu estava triste porque minha tia havia partido. -menti novamente.
- E agora?
- Agora você me pegou de surpresa. Só isso!
- Ok!
- Ok mesmo!
- Acho que vou embora então.
- Acho ótimo!
- Mentirosa! -ele riu.
- So. Me! -disse pausadamente.
- Então tchau, Jade! -mandou um beijo no ar e saiu. 
O que esse homem tem? Que droga é essa? Ele simplesmente aparece e eu não consigo me controlar? Fico agindo igual uma adolescente idiota? 
Isso nunca aconteceu, e juro que nunca mais vou perder o controle por causa desse babaca. Não posso perder!
Subi as escadas com esses pensamentos, e entrei no quarto do Matthew, mesmo sabendo que ele estaria dormindo.
- Matt? -o chamei deitando ao seu lado na grande cama de casal dele, mas não tive resposta- Matthew? -sacudi seu ombro.
- O que foi? -respondeu sem abrir os olhos.
- Preciso ficar bêbada!
- Que horas são?
- Quase nove da manhã.
- Ta cedo pra ficar bêbada, não? -ele finalmente abriu os olhos.
- Quem se importa? -dei de ombros.
- O que aconteceu?
- Nada.
- Me fala.
- Nada, Matthew!
- Então vamos dormir!
- O que? Pra que?
- Pra guardarmos energia, e ficarmos muito bêbados mais tarde.
- Promete que vamos ficar muito bêbados?
- Vamos ficar super bêbados.
- Promete de dedinho?
- Prometo! -Matt riu, talvez lembrando de nossas promessas de criança- Agora, dormir! -ele me puxou pra perto de seu corpo e começou a me fazer cafuné.
- Matt?
- Hum?
- Você ta cheirando a perfume de vadia.
- Estive com várias ontem.
- Nojento!
- Desculpa, sempre esqueço que você é mulher. -ironizou e riu.
- Vai tomar no cú!
- Também te amo! -rimos, e com seu cafuné logo peguei no sono.

[...]

Acordei por vontade própria e me vi sozinha na cama, mas na mesma hora Matt saiu do banheiro, vestindo só uma bermuda florida.

- Bom dia, bela adormecida! -apenas mostrei o dedo do meio, Matthew tem o dom de me irritar com esses apelidinhos.
- Pra onde você vai vestindo essa coisa ridícula? -ri apontando para a bermuda dele.
- Nós vamos à uma pool party.
- "Nós" quem?
- Eu, você e os gês.
- Onde vai ser?
- Na casa da Kristen.
- O que? Eu não vou em uma festa dessa vadia!
- Você não disse que queria ficar bêbada? É uma ótima oportunidade. E já que você não gosta da Kristen, aproveita e vomita nela.
- Você é uma vadia falsa, Matthew Mitchel! -rimos.
- Eu sei. -afinou a voz, imitando uma mulher- Gui vai passar aqui pra buscar a gente em meia hora, ele ta pegando ela, você sabe.
- Vou tomar um banho então. E por favor, troca essa roupa horrível. -disse antes de sair rumo ao meu quarto.

[...]

Milagrosamente fazia um dia ensolarado e quente em Londres, uma coisa tão rara que era até covardia não aproveitar, até mesmo para mim que não era uma grande fã de sol.
Kristen Koubet era uma patricinha herdeira de uma rede de shoppings, e mesmo tendo de tudo, desafiava os pais e dormia com metade da cidade, mas ela possuía uma certa queda por aqueles caras envolvidos em coisas erradas, como era o caso do Guilherme. Era o tipo de garota que me dava sono: inútil, vazia e fácil.
O lugar estava bem decorado, a enorme piscina estava cheia e cercada de gente nadando, conversando, mas a maioria se pegando. Uma música eletrônica tocava alta, enquanto alguns dançavam e bebiam. Após ir na área interna da casa, Gui voltou com garrafas de vodka e red cups, era hoje!
Fiquei bebendo junto com os meninos, com exceção do Guilherme, que ficou com a outra lá. Mas aos poucos os outros três começaram a me abandonar, com pretextos de que já voltariam. Mas eu sabia bem eles iam mesmo era atrás de mulheres. Já estava acostumada.

Me sentei em uma espreguiçadeira de frente para a piscina, com os olhos protegidos pelos óculos de sol, olhando aquele bando de gente. Que droga eu estava fazendo ali? Pelo menos a bebida era boa. Quando me dei conta, minha fiel companheira havia acabado, tive que entrar na casa pra procurar mais bebida. Na sala encontrei mais gente dançando, se pegando, tinha até uma galera em um canto com uns baseados. Fui direto para a cozinha, e me arrependi no momento em que coloquei meus pés ali.
- Jade! -um Neymar sorridente me cumprimentou, enquanto abria a garrafa de cerveja que havia acabado de pegar.
- Ai droga, nem sabia que você também tinha vindo.
- Não sei porque tanta grosseria.
- Ta me chamando de grossa?
- Não! -ele riu, levantando as mãos em sinal de rendição. Revirei os olhos.
- Onde tem bebida?
- Depende, o que você quer?
- Virou bar man?
- Uou. To querendo ajudar.
- Cerveja, eu quero cerveja.
- Sinto muito, essa é a última. -sorriu balançando a garrafinha de Haineken em sua mão.
- Mentira! -abri a geladeira, mas só encontrei vodka, uísque, energético e outras coisas.
- Eu disse! -ele mantinha aquele sorriso malicioso, que só desfez para levar a garrafa até os lábios, e que lábios, o contato do vidro fazia ele contrair, formando um biquinho. Ele conseguia ser sexy até bebendo? Eu precisava do líquido daquela garrafa, ou...sei lá.
- Me da?
- O que? Acha mesmo que eu vou te dar minha cerveja? -riu.
- Essa é a última, Neymar.
- Justamente. O que eu ganho em troca? -sorriu.
- Por que você tem que levar tudo pro duplo sentido? Quer saber, fica com essa porra aí. -ouvi sua risada enquanto eu pegava outra vodka e  saia. Era engraçado me deixar irritada? Porque eu não achava nenhuma graça.
Voltei para o lugar em que eu estava, e o Gustavo apareceu por ali, com um chupão no pescoço- Gus, isso é coisa do Drácula, ta louco. -ele riu.
- O pior é eu nem perguntei o nome da minha Drácula! -rimos- Ei, olha quem ta ali. -apontou com o queixo, e assim que olhei pro outro ponto do jardim, vi Neymar novamente. Mas dessa vez ele não estava sozinho. Havia uma piranha siliconada rodeando seu pescoço com os braços, com uma mão ele segurava a cintura dela, e com a outra ainda segurava a minha Haineken, enquanto falava sabe Deus o que no ouvido dela. Fiquei com vontade de ir até lá e jogar bebida na cara dos dois- O que foi, Jade? -quando me dei conta, estava amassando o copo descartável na mão, enquanto admirava aquela cena ridícula.
- An, nada. -Gustavo me olhava sem entender nada.
- Não vai lá cumprimentar o Neymar?
- Ah não, ele ta muito ocupado agora. -a frase saiu mais irônica do que eu planejava- Vou dançar, você vem? -ele apenas negou com a cabeça, enquanto eu seguia para o meio das pessoas. Tocava Blame, do Calvin Harris, entrei no ritmo da música e comecei a dançar, não estava nem me importando em ser a única de roupa ali, enquanto as outras usavam seus biquínis mais vulgares. Quando foi que liguei para padrões?
Fechei os olhos, e dancei como se não houvesse amanhã, deixando aquelas batidas me contagiarem.
- Como eu faço pra saber o nome da mais bonita da festa? -disse uma voz grossa, bem próxima ao meu ouvido. Me virei para olha-lo. Alto, bronzeado do sol, olhos castanhos e um cabelo preto. Bem bonito até, apesar da cantada fraca.
- Primeiro pode começar a parar de mentir. -ri.
- Qual é, eu não menti. Você me chamou muito mais atenção do qualquer outra semi-nua aqui. -mentiroso, mas jogou meu ego lá nas alturas- Mas então, qual é o seu nome? -ele sorriu.
- Jade. E o seu?
- Muito prazer, Jade. Sou o Steve.
- O prazer é meu! -sorri e ele me puxou pela cintura, logo sua língua se encontrou com a minha. E mano, Steve era lindo, mas beijava mal. Quando eu ia encerrar aquela droga de beijo, alguém puxou meu braço, me forçando a parar. Eu juro que se for o Matthew eu vou matá-lo. Mas não, era o abusado do Neymar- O que você está fazendo?
- Quem é você, cara? -Steve perguntou, irritado.
- Eu é que te pergunto! -disse Neymar- Ela ta comigo! Então é melhor você sumir logo da minha frente! -eu só havia visto Neymar irritado daquele jeito uma vez, aquela noite no beco. Steve trocou um olhar comigo pela última vez e sumiu por entre as pessoas.
- Qual é o seu problema? -gritei com Neymar- Ficou louco? Quem você acha que é?
- Vi esse cara com os maconheiros lá dentro, só tava te livrando de problemas. Então de nada! -disse cheio de si.
- Me livrando de problemas -ri ironicamente- Pensei que estivesse ocupado demais com aquela vadia!
- Ah, então você me viu com a Bethany.
- Todo mundo viu, vocês estavam quase transando ali mesmo.
- Você por acaso está com ciúmes de mim, Jade Mitchel? -ele riu e eu tive vontade de socar aquela cara sem vergonha. Ciúmes, eu? Que piada!
- Vai tomar no cú, Neymar! -ele riu. Que cara irritante.
- Então você não sente ciúmes de mim?
- É claro que não!
- Então tudo bem! -sorriu, e puxou o braço de uma garota que dançava perto de nós, beijando-a na boca logo em seguida. Eu senti vontade de acabar com a raça dele, e daquela qualquer também! Quem eles pensam que são pra fazerem isso? Mas se ele acha que pode me desafiar, ele está muito enganado. Peguei dois copos cheios de bebida, que estavam sobre uma mesa qualquer, e joguei em cima dos dois, que se separaram na hora.
- Você ficou maluca, garota? -gritou a ruiva com cara de atriz pornô, enquanto Neymar secava o próprio rosto- Eu vou quebrar a sua cara! -ela partiu pra cima de mim, mas Matthew surgiu na minha frente, segurando-a.
- O que ta acontecendo aqui? -ele perguntou, enquanto a vadia se debatia em seus braços.
- Eu vou matar essa cadela! -ela gritou.
- Cadela não, nós não somos irmãs! -sorri pra ela, percebendo que quase a festa toda nos observava.
- É melhor você sair daqui, Megan -disse Matt, então ele conhecia a vadia- Com certeza não vai querer uma briga com a Jade. -ela o olhou, e quando foi solta, saiu rumo a área interna- Não deveria estar acontecendo uma festa aqui? -ele perguntou para as pessoas que nos observavam, e cada um voltou a fazer o que fazia antes- Te deixo sozinha um minuto e já arranja encrenca? -ele riu pra mim.
- Nem vem, Matthew. Não tenho paciência pra vadia! Vou embora!
- Eu levo você! -finalmente o Neymar, que observava tudo calado, se pronunciou. Matt o olhou estranho, mas não disse não.
- Não precisa! -disse de forma seca.
- Preciso te mostrar uma coisa sobre um possível plano -ele disse mais baixo- E também tenho que ir pra casa, preciso de um banho. -sorriu irônico, olhando a roupa molhada de bebida.
- É melhor ir com ele do que ir sozinha. -que porra é essa? Matthew a favor do Neymar?
- Não sou nenhuma criança, Matt.
- É só uma carona, Jade. -Neymar insistiu, e sorriu no fim da frase. Ok, venceu.


E aii?? Capítulo quentinho pra vocês, como sempre, comentem ok? Estamos sentido falta disso, seu comentário é importante, nunca esqueça disso. Nós ajudem a divulgar a fic? Compartilha com as amigas, nos grupos de whats que você participa, no seu blog, fã clube, tt, enfim, nos ajudem com isso, por favor. Beijos da Sá e da Tia Bia, kkkk.

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